quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Enjaulada.



Ela estava enjaulada.Numa dimensão que não sabia ao certo qual era.Parecia estar sozinha.Silêncio.Ela não sabia como tinha parado ali.A única recordação era que uma garota cuja face ela não conseguia identificar,como sempre,a tinha levado a força para lá.Mas até agora ela não entendia nada, e nem a garota tornou a aparecer para explicar algo.O tempo parecia não passar ali dentro.As grades em alguns momentos pareciam fruto da sua imaginação..mas depois,pareciam demasiadas reais.Nunca se sentira tão mal em um lugar.Do lado de fora não havia muito o que se ver..um lado parecia extremamente negro e o outro extremamente branco.Ela gritava.Desesperadamente.Ninguém a ouvia.Era melhor calar-se..guardar as forças pra algo mais na frente.Estava deitada no chão frio..em algum devaneio..quando ouve um barulho.Alguém estava se aproximando.Se ajoelhou e segurou as grades.Tentava olhar fundo pra descobrir quem estava chegando mas o escuro junto com uma claridade a impedia de enxergar bem.Era uma garota.Era a garota.A mesma que a tinha levado até lá.Seu rosto não passava de algo embassado.Ela não reconhecia a voz..talvez nunca a tivesse escutado antes.Ela se aproximou da grade e falou com nossa protagonista:"Confortável?", ela respondeu um tanto chateada:"Muitíssimo..não quer trocar de lugar e sentir mais ou menos a sensação?""Não,obrigada,prefiro você assim..distante..presa..sozinha.""O que foi que eu te fiz?Me fala,porque sinceramnete eu não sei..eu nem te conheço..""Uma hora você vai saber..mas suponho que você ficará aqui por alguns anos.""Eu não vou aguentar,eu vou acabar louca ou morta..""você vai ter o direito de comer uma vez por dia..terá um copo de água por dia..e terá direito a uma folha em branco diariamente..sem visitas.""Quem é você?Por que está fazendo isso comigo?""Você entrou no meu caminho..agora aguentará as consequências.""Por favor,eu tô te pedindo..não me deixa aqui,sozinha."Ela gritava e lágrimas lhe dominavam o rosto."Por favor"..gritos e soluços."Eu não posso ficar aqui..eu tenho uma vida toda pela frente..eu tenho pessoas que preciso reencontrar..eu tenho uma criança diferente pra cuidar..""Não me importo.As pessoas vão saber viver sem você,fique certa disso.E sua vida, a partir de agora se restringe a essa jaula."A moça sorria.Dava pra ver o grande sorriso dela.Parecia feliz com ela ali presa,indefesa,encurralada,solitária,sofrendo,sob o seu comando."Eu vou arrancar tudo que você mais gosta e precisa..a vida já arrancou coisas de mim..você deve saber disso..agora é sua vez."Talvez ela conhecesse aquele sorriso..mas não se recordava da onde.A moça se foi..Mas as palavras dela ficaram ecoando na sua mente cansada.Estava ali,ela,o prato de comida fria e nojenta,um copo d'água e uma folha em branco com uma caneta preta.Não tinha apetite.Não tinha sede.Só queria entender as coisas,as palavras da garota desconhecida,o sorriso de desdém dela,só queria sair dali.Mas pra isso ela teria que ser forte..vencer as dificuldades..fazer uma limonada dos limões que receberia.Ela ia ser forte.E tinha motivos pra querer sair dali.Motivos que iriam motivá-las a vencer.A ficar livre.Não sabia se era dia ou noite.Não sabia nada.Mas "do nada" ela resolveu olhar para mais acima dela.Havia outro lugar ali.Era de lá que vinha a tonalidade branca.Parecia ser um pouco mais agradável do que onde ela estava..mas parecia ser triste também.Tinha alguém lá.Preso também.Era um garoto.Parecia tocar em paredes que até então não podiam ser enxergadas.Mas pelo modo como ele tocava,ela jurava que elas estavam lá.Será que o conhecia?Será que ele a enxergava?Será que ele sabia o que estava fazendo ali também?Ele olhou para baixo.Não a enxergava.Ela sentiu um calor no peito quando ele mirou na sua direção.Era ele.Só podia ser ele.Só ele provoca esse calor no peito dela.Ele tinha que saber que ela estava ali..perto dele..mesmo que separados..mesmo que com distância..mesmo com paredes e grades.Ela gritou,mas ele não ouviu.Ela teve uma ideia.Pegou o papel e com o auxílio da caneta desenhou.Tinha que ser algo que ele reconhecesse.Terminou.No papel uma árvore estava desenhada.No final tinha algum tipo de sigla ou código "ILU"..ele saberia.Iria receber folhas todos os dias..seria assim sua comunicação com ele..seu pequeno.Fez um embrulho improvisado com alguns restos de folhas que achou ali perto.Subiu nas grades.Aproveitou um vento que por ali passava e lançou o papel.Como que por milagre, o papel conseguiu penetrar no nada dele.Ele abriria.Ele saberia que não estava sozinho.Ela ia ser forte.Ela vai sair de lá..e vai tirá-lo de lá..vai descobrir quem era aquela garota que fez isso com eles..e vai por em prática e em vista o mundo que eles desenharam para si.Ela vai conseguir.Isso era uma promessa.

(Thaís Tenório.Cat.):D

"...eu já tive o bastante desse desfile.eu estou pensando nas palavras pra dizer.nós abrimos.partes inacabadas.terminar é tão maduro.e quando eu vejo você então eu sei que estará perto de mim.e quando eu preciso de você então eu sei que você estará aqui comigo.eu nunca vou te deixar.só preciso estar mais perto.perto.conte comigo agora.continuar acordando sem você aqui.outro dia.outro ano.eu procuro a verdade.nós no sseparamos.pensando numa segunda chance.e quando eu vejo você então eu sei que estará perto de mim.e quando eu preciso de você então eu sei que você estará aqui comigo.eu nunca vou te deixar.só preciso estar mais perto.perto.conte comigo agora..."

(Travis.Closer.):D

PS: sem mais..
PS do PS; ILU..beijos e beijos.

   


















































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