segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Moi et la musique.




SUCK IT AND SEE 

( Pague Pra Ver )

Seu amor é igual a uma cela de couro cravejada
Seu beijo poderia enrugar a chuva
Você é tão rara quanto uma garrafa de Dandelion
E Burdock
E aquelas outras meninas
São apenas limonadas pré-preparadas
Pague pra ver, nunca se sabe
Sente-se perto de mim antes de eu partir
Mulheres enigmáticas com sapatos de filmes de terror
Seja cruel comigo, porque eu estou louco por você
Eu converti meu coração ferido em uma música pop
Eu não consegui pegar o jeito da poesia
Isso não é uma saia, moça
Isso é o cano-serrado de uma escopeta
E eu apenas espero que você esteja mirando-a em mim
Pague pra ver, nunca se sabe
Sente-se perto de mim antes de eu partir
Mulheres enigmáticas com sapatos de filmes de terror
Seja cruel comigo, porque eu estou louco por você
Garotas raras vindas do " faz de conta " de um local paradisíaco
Tão frequentemente eu me pergunto onde você está
Você tem aquela cara que quase diz
" Amor, eu só sirvo pra despedaçar seu coração "
Pague pra ver, nunca se sabe
Sente-se perto de mim antes de eu partir
Mulheres enigmáticas com sapatos de filmes de terror
Seja cruel comigo, porque eu estou louco por você

( Arctic Monkeys ) :D

Sleeping at last.



Eu às vezes sinto um medo profundo. De possuir as mesmas cegueiras que eu critico, sabe? Eu vejo um milhão de defeitos em tanta gente e... sou tão dura às vezes. Também sei que em outras vezes sou mais compreensiva do que deveria e... nem sei se isso é motivo pra texto. Sei lá... eu sinto vontade de ser bem má às vezes. E ferir, e machucar. E dizer tudo o que eu vejo, e  enxergo, e penso... mas é devaneio, porque eu só faço isso por escrito e sem destinatário, e mesmo assim me arrependo, meio que  pra exorcizar sentimento ruim. Me sinto meio Adriana Calcanhoto, escrevendo longas cartas pra ninguém.. quebrando discos e... é tudo tão confuso aqui dentro. E às vezes eu tenho certeza que só é assim porque eu escrevo, porque é só parar de escrever e eu sou profundamente tomada por uma racionalidade que. Uma racionalidade que. E eu vejo um milhão de defeitos em tanta gente e... é que eu tenho tanto à dizer e tento e nunca consigo. Eu só escrevo no vazio. Sei lá. Talvez como naquele episódio de seriado, eu só quisesse que a vida fosse um longo ensaio, e que a gente pudesse fazer direitinho ( e decidir direitinho ) só depois que treinasse bastante... mas isso é ficção. E roteiro de série americana com mais de oito temporadas. Ou só mesmo o fim do texto de uma escritora insone... e ruim. ( Eu invento meus personagens e depois me sinto traída quando descubro que eles não eram exatamente iguais aos que eu desenhei na fantasia. Talvez me sinta como Magritte, tentando entender que não é possível fumar o cachimbo do quadro. Vai saber. )

( Elenita Rodrigues ) :D

"..o cão não ladra por valentia e sim por medo.."

[ Provérbio Chinês ] :D

  • Palavra do dia: errado.
PS: nem sei porque nunca postei nada dela aqui, se é tudo tão meu e tão maravilhoso ^^
PS do PS: not a good day..beijos e beijos ;*


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Moi et la musique.



BLACK BEAUTY

( Beleza Negra )

Eu pinto minhas unhas de preto
Tinjo meu cabelo em um tom mais escuro
Castanho claro
Como você gosta de suas mulheres espanholas, fortes e orgulhosas
Eu pinto o céu de preto
Você disse que se fosse do seu feitio
Você faria um mundo noturno hoje
Para combinar com o humor da sua alma
O que eu posso fazer?
Nada
Meu pardal azul
O que eu posso fazer?
A vida é linda
Mas você não tem ideia
Sol e oceanos azuis
O esplendor deles
Isso não faz sentido pra você
Beleza negra
Eu pinto a casa de preto
Meu vestido de casamento é de couro preto também
Você não tem espaço para luz
O amor está perdido em você
Eu deixo meus lábios vermelhos
Para parecerem cerejas na primavera
Querido, você não pode deixar tudo parecer tão azul escuro
Mas, o que eu posso fazer?
Para transformá-lo ou te entender?
O que eu posso fazer?
A vida é linda
Mas você não tem ideia
Sol e oceanos azuis
O esplendor deles
Isso não faz sentido pra você
Beleza negra

( Lana Del Rey ) :D

Superfície, profundidade e conturbações.



Superfície. Conturbada. E é difícil encarar os próprios pés que afundam nas profundezas. Há um temor quanto à isso..profundeza. Conturbada. O que há na verdade, mais para baixo? E é complicado vestir certa pele complicada. Mas é fácil complicar. Superfície. Conturbada. Complicada. Same feelings, same mistakes. Complicados. Nada superficiais..ainda que flutuem, por hora. E como lidar com aquilo que sequer se sabe nomear, apalpar ou explicar? Como? Me diz! It's not easy, I know. Enquanto isso os próprios pés começam a conhecer às profundezas do ser desconhecido, e é frio lá embaixo. Conturbado. É tudo tão escuro, é tudo tão. Tanto. Complicada. She is. And she doesn't know yourself, sometimes. Conturbada. O tempo urge, o vento sopra, a vida anda e os seus pés, afundam. Só afundam. E quanto aos olhos, presos à superfície ainda..presos em si próprios..presos na loucura..presos no mistério..presos. Na superfície. Conturbada. And maybe one day, she'll feel the floor. She'll, we know that. Profundamente, we know. Profundezas. Sanidade, insana. Sanidade.

( Thaís Tenório ) :D

"..viajo sozinha com o meu coração. não ando perdida, mas desencontrada. levo o meu rumo na minha mão.."

[ Cecília Meireles] :D

  • Palavra do dia: intimidade.
PS: texto meio estranho, mas enfim..não foi feito bem pra ser entendido ou ter um real sentido..acho..não sei =s
PS do PS: beijos e beijos ;*


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Moi et la musique.


BLOODFLOWERS

( Flores de Sangue )


"Esse sonho nunca acaba", você diz
"Esse sentimento nunca vai embora, a hora nunca chega para ir-se"
"Essa onda nunca quebra", você disse
"Esse Sol nunca se põe novamente"
"Essas flores nunca irão sumir"
"Esse mundo nunca pára", você diz
"Esse pensamento nunca sai"
"O tempo nunca vem para dizer adeus"
"Essa maré nunca vira", você diz
"Essa noite nunca cairá novamente"
"Essas flores nunca morrerão"
Nunca morrerão
Nunca morrerão
Essas flores nunca morrerão
"Esse sonho sempre acaba", eu disse
"Esse sentimento sempre se vai, o tempo sempre vem para ir-se"
"Essa onda sempre quebra", eu disse
"Esse Sol se põe de novo"
"E essas flores sempre irão desaparecer"
"Esse mundo sempre pára", eu disse
"Esse pensamento sempre sai"
"O tempo sempre vem para dizer adeus"
"Essa maré sempre vira", eu disse
"Essa noite sempre cairá de novo"
"E essas flores sempre morrem"
Sempre morrem
Sempre morrem
Essas flores sempre morrem
Entre eu e você
É dificil de saber realmente
Em quem confiar
Como pensar
No que acreditar
Entre eu e você
É sempre dificil de realmente saber
Quem escolher
Como sentir
O que fazer
Nunca somem
Nunca morrem
Você me dá flores de amor
Sempre morrem
Sempre morrem
Eu deixo cair flores de sangue

( The Cure ) :D

Sobre danças, reconstruções e ausência de desculpas.



E de repente, vai ver tudo é fantasia. Vai ver estamos numa dimensão diferente daquela que gostaríamos de realmente, estar. A música muda. Consequentemente, tu tem que mudar a forma de dançar. Tudo é uma questão de ritmo. E fantasia, talvez. É aquele momento em que o tal preto no branco toma conta da sua visão. É aquele momento em que enfim, a ficha cai. É aquele momento que poderia ser fantasia..mas não é. É a sua vida. Sua música, noutro ritmo que de repente, ainda não se sabe como dançar. E como saber? Quem sabe? O novo em algo antigo. Ou seria mais correto dizer algo de eras num novo arranjo? Talvez. Sempre o tal do talvez. E da fantasia. E da realidade. E da música, sem dança. E aí é aquele momento em que você antes tão disponível, calcula os momentos adequados pra se fazer presente..é aquele momento em que você observa mais, pensa com mais cautela e fala menos..é aquele momento em que você parece louca procurando band-aids pra cobrir feridas que não param de incomodar e que apenas deixaram sua pele extremamente frágil..é aquele momento que você olha e não enxerga certas coisas..fantasia..ilusões..vida..é aquele momento que você prefere, já que não tem como se teletransportar pra tão estimada dimensão dos seus sonhos, ficar louca ao lado de garrafas de um álcool qualquer e barato fumando maços e maços de cigarro..é aquele momento que não há mais o que desculpar..nem desculpar-se..é aquele momento que você tem um monte de vida em cacos no chão e seus pés estão descalços..e toca uma música. Aquela música. Você a adora mas não sabe mais como se sentir quanto à ela..não sabe mais dança-la. E procura meios de reorganizar os passos pelo salão. E procura meios de reorganizar-se. Existem vários..talvez alguns não tão certos assim na visão alheia..mas quem se importa, são dos seus cacos que estamos falando. Sua vida. E quem se importa? Meios..reorganizar-se..existem vários..mas você não sabe se se preocupa primeiro com os cacos no chão ou com os passos inexistentes que a música clama por chegarem. Quem dera se pudesse resolver os dois ao mesmo tempo. Escolhas. Meios. Fantasia. Vida. A música muda. Você precisa dançar. Conforme a melodia. A música muda, você muda..o sentimento? Talvez mude também..outra perspectiva do mesmo, eu diria. A música muda. Você só está tentando se manter de pé..dançando. E você escolhe. Os pés sangram um pouco em contato com alguns cacos, as mãos também..mas enquanto pisa em um aqui e outro ali, recolhe um aqui e outro ali, seu corpo se move..balança..no começo dói, depois, anestesia..seu corpo se move..e em meio aquele cenário talvez agoniante, você dança. Meio descompassada, ainda..mas não se desculpe, é você ali..e ninguém tem nada a ver como você se reconstrói..especialmente, quem te quebrou. A música muda. E você está dançando. E sem se dar conta, você está um passo à frente da sua dimensão tão desejada. Você não se dar conta. E dança

( Thaís Tenório ) :D

"..afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com algumas pessoas e só ganhei mais e mais  poses e menos e menos verdades. ainda que doa deixar algumas pessoas morrerem, se agarrar à elas é viver mal assombrado.."

[ Tati Bernardi ] :D

  • Palavra do dia: adaptação.
PS: beijos e beijos ;*