domingo, 30 de setembro de 2012

Da linha tênue .(Parte I).



Ela não imaginava o que estava prestes a acontecer.Numa noite de uma sexta-feira rotineira,ela toma um banho,coloca sua roupa preferida,realça o seu rosto,penteia os cabelos,põe um perfume forte,fecha a porta da casa e sai.Lá fora o tempo estava agradável,começo de primavera e eram quase nove horas.Iria encontrar uma pessoa no bar de sempre.Estava ansiosa,afinal,por conta do trabalho faziam alguns dias que não o via.Saudade é algo que pulsa constantemente no seu peito..ainda que ele esteja do seu lado.Vagava pela rua de sempre que levaria ao bar de sempre.Toda sexta feira era assim: se encontravam,falavam do dia,da semana,tomavam algumas cervejas,fumavam alguns cigarros,sorriam sorrisos sorridentes,beijos quentes,e o fim da noite era sempre ainda mais quente.Sextas feiras eram confortáveis.E felizes.Todos os dias poderiam ser suas sextas feiras.Ela não se importaria.A rua hoje,porém,se encontrava estranhamente
estranha.O vento parecia mais gélido do que nunca..não havia ninguém para acompanhá-la no percurso.Nenhum carro.Nenhuma luz.Nada.Só ela e a rua.Sentiu um pouco de medo..afinal,nunca é bom uma moça vagar sozinha por uma rua esquisita da capital aquela hora..mas continuou..tinha que chegar lá.Por um instante pensou ter escutado passos atrás de si.Mas ao mirar para o calçamento que deixava aos poucos,não avistou ninguém.Ainda bem que não falta muito, pensou ela.Ela não imaginava o que estava prestes a acontecer.Seu celular toca.Era o cara mais bonito do mundo que com certeza notara seu atraso naquele bar de sempre.Ele sabia que se existisse alguém pontual naquela cidade,era ela..provavelmente estranhou sua demora.Ela atendeu e disse que em menos de dez minutos estaria lá.Mas ela não chegou.Perto da última esquina que ela iria passar,alguém agia nervoso..e sozinho.Não dava para ver seu rosto diante de tamanha penumbra.Ele caminhou até ela que disfarçadamente,para não demonstrar medo,tentava atravessar para o outro lado.Mas ele era rápido,físico atlético e parecia muito ansioso.De longe dava pra ouvir sua respiração forte e apressada.Ela não imaginava o que estava prestes a acontecer.E como num piscar de olhos,ela acabou inerte em seus braços.Ali perto,o cara mais bonito do mundo a esperava preocupado.Ela ia chegar.Passava das onze.Nem sinal dela.Ele não imaginava o que estava acontecendo.Ela simplesmente desapareceu.Ela simplesmente foi levada.E não tinha ideia do pra onde e nem por quem.Inerte.Como um pássaro anestesiado,ela foi presa em uma gaiola.Mas ela ainda não imaginava o que estava prestes a acontecer.Ela estava paralisada.

(Thaís Tenório):D

"..um animal é selvagem até o momento em que seja posto em cativeiro,assim,sua essência se vai..e perderá sua identidade.."

[Alexsander Bengaly.]:D


  • Palavra do dia: vingança.
PS: sim..haverão continuações desse texto :B
PS do PS: já que conclui os 100 fatos sobre mim,sempre que escrever agora,colocarei uma palavra do dia..que reflita sobre o texto ou meu estado de espírito ou algo que me vier a cabeça..enfim..acho que vocês entenderam :B
PS do PS do PS: beijos e beijos ;*

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