domingo, 25 de novembro de 2012

Um rio,aquele mesmo rio.


E eu que pensava que isso nunca mais ia me acontecer.Mas como é de costume,ledo engano.Em um momento me vejo escalando montanhas,sobrevivendo no mato,caçando,fazendo coisas que jamais acreditei ter estruturas para tal e de repente,puft,eu caio de novo.Caio naquele mesmo rio que outrora era meu lar.Não deveria,afinal,pensei ter amadurecido certas coisas e percorrido bem o caminho que me levava pra longe daquele lugar que não era bom pra mim..daquele rio que sugou todo meu fôlego,que quase tomou minha alma,daquele rio que escapei..por pouco.Mas cá estou eu novamente,sinto o frio das suas águas gélidas e turbulentas atravessarem meu corpo que agora,se faz frágil de novo,um corpo que infelizmente parece agora sentir as dores de todos os seus membros machucados,inclusive aqueles que nem existem mais ou sequer existirão.E qual é o pior tipo de dor,afinal?Aquela que passou e te deixou cicatrizes,aquelas que hoje existem e te deixam hematomas recentes ou aquelas que nem eram pra existir mas você torna isso possivel?Não,meu corpo não estava pronto.E parece que nunca vai estar.Não se eu continuar fingindo que tomei um caminho diferente quando na verdade eu estou à dez passos da porta daquela casa.Quando na verdade,nunca sai das minhas próprias muralhas.Continuo caindo e quanto mais eu caio mais eu me pergunto por que sou tão fraca?Por que estou aqui de novo?Por que não consigo tirar minha tropa de uma batalha que já não faz mais sentido?Por que eu simplesmente não nado?Por que quando eu quero entrar caminho afora parece que algo me puxa pra aquele mesmo rio?Por que eu não consigo me desfazer de mim mesma?Fica cada vez mais dificil respirar.O que a principio refletia em agonia nesse corpo,agora vem em forma de conformismo.E cá entre nós,muitas vezes não existe nada mais covarde do que isso.E talvez essa seja a raíz do problema.Conformismo.Talvez eu esteja conformada com o pouco que me dão,a rota pra casa,os medos,as experiências,os pensamentos,as armas,a zona de conforto,as dores..talvez se eu não me conformasse,batesse o pé,exigisse e fizesse diferente,não pensasse mais,desse minha cara pra bater,fizesse um novo mapa,eu não estaria aqui,afogando meus órgãos e o pouco que resta do que sou.O pior é que por mais forças que eu junte eu preciso de um empuxo.E talvez se o conformismo é a raíz do problema,esse empuxo seja o caule.E como posso prosseguir se tanto a raíz quanto o caule parecem estar sequelados?Quem sabe isso seja coisa da minha mente pensativa demais.Pode ser.Só sei que cá estou eu,de novo,afundando.Eu caí,e estou fraca demais pra chegar a superfície e longe de mais do fundo..então eu fico assim,no meio disso tudo,como se estivesse em latência,esperando que algo me ajude ou a cair de vez ou subir com tudo.Esperando algum empuxo..esperando que de fato eu crie novos membros e faça um novo mapa,afinal,não posso ficar aqui pra sempre,não posso viver uma semi-vida e não posso viver presa no que fui ou penso que sou.Caindo.E é tão dificil respirar.

(Thaís Tenório.):D

"..pior é que eu berrei.berrei com o pior tipo de desespero do mundo.meu silêncio,meu conformismo,minha aceitação,minha quase maturidade.eu tenho a impressão que a hora que eu chorar,vai ser das coisas mais tristes do mundo.."

[Tati Bernardi.]:D

"..eu não sei se é medo,timidez,pessimismo,conformismo..só sei que falta algo e muito me impede.."

[Grazielle Araújo.]:D

"..o objetivo fundamental dos sonhos não é o sucesso,mas nos livrar do fantasma do conformismo.."

[Augusto Cury.]:D

  • Palavra do dia: recaídas.
PS: pode não ter ficado muito bom mas,até gostei desse texto..:B
PS do PS: adiando mais uma vez o final da história..
PS do PS do PS: quero férias :C
PS do PS do PS do PS: beijos e beijos ;*


Um comentário:

  1. Sobre quedas e rios, cascatas. Afogar-se - por excesso de água, fluidez, de si. A espessura do real, a extremidade da vida assola. E nós relutamos, levando a vida embaixo da sola dos pés! A cartografia das respirações é encontrada no peito mais próximo.

    Um texto-rio, que flui. Um peito aberto - o sangue jorra para fora.

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