terça-feira, 3 de agosto de 2010

Morfina.



Quando lutamos contra nós mesmos, somos os únicos a colecionar feridas. Até que ponto vale a pena ater-se ao caminho da menor-dor, do baixo risco e do conforto calculado? Você grita para si mesmo com tanta força essa mentira, que acaba por não ouvir o peito clamando por um segundo de atenção. Mas eu consigo ouví-lo, quando ele encosta no meu, e sigo aguardando o dia em que a tua garganta, de tão rouca, deixe chegar aos teus ouvidos o que para mim fica claro toda vez que teus olhos fecham antes dos meus: é recíproco.
Eu poderia dizer que fui acometido por uma abstinência de sensações às quais já estava acostumado. É o que você sempre diz, mas eu ainda não me acostumei a você. Por isso que eu sempre volto, mesmo quando a minha autoestima implora para que eu espere por um sinal teu. Teus sinais foram dados; nós é que falamos línguas diferentes, quando o assunto é sentir e expressar.
Eu poderia dizer o que já repeti em refrões antigos: que sou “alguém pra ocupar o lugar / de quem não vai voltar”. São palavras que me saltam da língua e páram nos dentes, sempre que sinto medo de que você confirme a minha hipótese. Então eu sigo o teu conselho de me ater apenas às tuas ações. E assim eu sigo, tirando da tua boca frases impensáveis, do teu peito, o calor que eu preciso e, da tua vida, tudo que vai de encontro aos teus planos de não me deixar entrar. Aluguei um espaço no teu pensamento e me sinto confortável aqui, embora nada me garanta que eu não possa ser despejado. Se for pra ser, que assim seja: o frio da rua é mais confortável do que um lar onde já não se quer mais morar. E faz tempo que eu me mudei, jogando fora as chaves da antiga morada.
A vida ensina, a gente aprende. No entanto, isso não quer dizer que não devamos, às vezes, desobedecer as leis que nós mesmos criamos. Cansei de lutar contra mim mesmo, pois já me cobrem o corpo feridas em diferentes fases de cicatrização. Aqui estou, pronto para me aplicar com mais algumas doses cavalares de você, se assim me permitir. E eu já não mais vivo sem essa morfina que eu batizei com o teu nome, há alguns meses atrás.

(Lucas Silveira.):D

"...outro dia que se vai, que se vai.e eu continuo distante de você, de você.e oh, meu coração.como ele dói as vezes, ele dói as vezes.e embora estajamos separados.eu tenho você em minha mente.você está em minha mente.o fim dessa estrada,nós nunca saberemos,nós nunca saberemos.e tudo que temos nós nunca possuiremos, nós nunca possuiremos.mas tem dias que parece que não consigo encontrar nem um único modo de tirar você da minha mente.você está em minha mente.um dia quando toda essa viagem tiver acabado.eu colocarei minha cabeça no lugar e descansarei meus pés.e sonhar com os velhos dias em que éramos jovens e livres.quando eu tinha você.quando eu tinha você comigo..."

(Beeshop.You're on my mind.):D

PS:desculpem,mais uma vez..não ando muito com cabeça para escrever ( vou tentar mudar isso)..mas aí tá um texto que eu curto pacas..acho interessante..e tem partes que fazem sentido pra mim..do @lucasfresno..
PS do PS: enfim..é isso..sem mais..
PS do PS do PS: kisses and kisses..maybe u don't believe..but..ILU..:T

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