A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.
Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.
Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.
Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.
Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.
Adeus, graças a Deus.Nome do remetente.P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo.
P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto.
(Fernanda Young.):D
"...em cima do telhado.o ar é tão frio e tão calmo.digo seu nome em silêncio.você não quer ouvi-lo agora.seus olhos estão sobre a cidade.suas lágrimas caem.cada uma a promessa de tudo que você nunca encontrou.eu grito na noite por você.não torne isso verdadeiro.não pule.as luzes não irão guiá-la.elas estão enganando você.não pule.não deixe ir as memórias.de mim e de você.o mundo está lá.fora de vista.por favor, não pule.abra seus olhos.mas você não se lembra que.a neve cai calmamente.mas você não a sente mais.um lugar lá.você perdeu-se na sua dor.você sonhou com o final.para começar tudo de novo.eu não sei quanto tempo.posso segurar-lhe tão forte.eu não sei quanto tempo.segure minha mão.eu te dou uma chance.não pule.eu grito na noite por você.não torne isso verdadeiro.não pule.as luzes não irão guiá-la.elas estão enganando você.não pule.não deixe as memórias de mim e de você ir.o mundo está lá.fora de vista.por favor, não pule.não pule.e se eu não puder voltar atrás.eu pulo por você..."
(Tokio Hotel.Don't jump.):D
PS:vontade de pôr esse texto..é legal.
PS do PS:e a música? também.
PS do PS do PS:SLU.ILU.espero que você saiba.
Sim, e lá está a frase da bendita!
ResponderExcluirrs
Fernanda Young tem tanto bom gosto que me deixa babando quando se pronuncia! A-M-O!
(é como tati bernardi! Amo as coisas sempre tão cortantes que ela expressa!)