terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sobre danças, reconstruções e ausência de desculpas.



E de repente, vai ver tudo é fantasia. Vai ver estamos numa dimensão diferente daquela que gostaríamos de realmente, estar. A música muda. Consequentemente, tu tem que mudar a forma de dançar. Tudo é uma questão de ritmo. E fantasia, talvez. É aquele momento em que o tal preto no branco toma conta da sua visão. É aquele momento em que enfim, a ficha cai. É aquele momento que poderia ser fantasia..mas não é. É a sua vida. Sua música, noutro ritmo que de repente, ainda não se sabe como dançar. E como saber? Quem sabe? O novo em algo antigo. Ou seria mais correto dizer algo de eras num novo arranjo? Talvez. Sempre o tal do talvez. E da fantasia. E da realidade. E da música, sem dança. E aí é aquele momento em que você antes tão disponível, calcula os momentos adequados pra se fazer presente..é aquele momento em que você observa mais, pensa com mais cautela e fala menos..é aquele momento em que você parece louca procurando band-aids pra cobrir feridas que não param de incomodar e que apenas deixaram sua pele extremamente frágil..é aquele momento que você olha e não enxerga certas coisas..fantasia..ilusões..vida..é aquele momento que você prefere, já que não tem como se teletransportar pra tão estimada dimensão dos seus sonhos, ficar louca ao lado de garrafas de um álcool qualquer e barato fumando maços e maços de cigarro..é aquele momento que não há mais o que desculpar..nem desculpar-se..é aquele momento que você tem um monte de vida em cacos no chão e seus pés estão descalços..e toca uma música. Aquela música. Você a adora mas não sabe mais como se sentir quanto à ela..não sabe mais dança-la. E procura meios de reorganizar os passos pelo salão. E procura meios de reorganizar-se. Existem vários..talvez alguns não tão certos assim na visão alheia..mas quem se importa, são dos seus cacos que estamos falando. Sua vida. E quem se importa? Meios..reorganizar-se..existem vários..mas você não sabe se se preocupa primeiro com os cacos no chão ou com os passos inexistentes que a música clama por chegarem. Quem dera se pudesse resolver os dois ao mesmo tempo. Escolhas. Meios. Fantasia. Vida. A música muda. Você precisa dançar. Conforme a melodia. A música muda, você muda..o sentimento? Talvez mude também..outra perspectiva do mesmo, eu diria. A música muda. Você só está tentando se manter de pé..dançando. E você escolhe. Os pés sangram um pouco em contato com alguns cacos, as mãos também..mas enquanto pisa em um aqui e outro ali, recolhe um aqui e outro ali, seu corpo se move..balança..no começo dói, depois, anestesia..seu corpo se move..e em meio aquele cenário talvez agoniante, você dança. Meio descompassada, ainda..mas não se desculpe, é você ali..e ninguém tem nada a ver como você se reconstrói..especialmente, quem te quebrou. A música muda. E você está dançando. E sem se dar conta, você está um passo à frente da sua dimensão tão desejada. Você não se dar conta. E dança

( Thaís Tenório ) :D

"..afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com algumas pessoas e só ganhei mais e mais  poses e menos e menos verdades. ainda que doa deixar algumas pessoas morrerem, se agarrar à elas é viver mal assombrado.."

[ Tati Bernardi ] :D

  • Palavra do dia: adaptação.
PS: beijos e beijos ;*

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