terça-feira, 30 de outubro de 2012

Moi et la musique.


ALIEN LIKE YOU

( Alien como você )

Eu sei que você não 
Sabe que eu sei o que você sabe
Nós temos segredos entre nós
Que ninguém acreditaria se lhes disséssemos
Então deixe que as estrelas se alinhem
E deixa a água fazer-se vinho porque
Almas quebradas tornar-se-ão inteiras hoje a noite
Sabemos que isso está certo então
Levanta os teus olhos e deixa-me entrar
Porque,amor,eu sou um alien como você
Será que nunca acordaste a noite e percebeste 
Que a razão pela qual me conheces então
É que talvez eu seja um alien também?
Será que alguma vez vai me deixar ser um alien com você?
Sei que acreditar
É dificil com esse sentimento
De que o lar deve estar a milhões e milhões de anos-luz de distância
Então deixa  céu incendiar
E não vamos ter medo porque
Nós sabemos que o amor é um mundo acima deste
É como o Sol então
Levanta os teus olhos e deixa-me entrar
Porque,amor,eu sou um alien como você
Será que nunca acordaste a noite e percebeste 
Que a razão pela qual me conheces então
É que talvez eu seja um alien também?
Será que alguma vez vai me deixar ser um alien com você?
Os dias de solidão acabaram
Porque nós dois passamos tempo demais
Ouvindo vozes no rádio
E não podemos deixar que ninguém saiba
Não,não podemos deixar que ninguém saiba
Levanta os teus olhos e deixa-me entrar
Porque,amor,eu sou um alien como você
Será que alguma vez vais me deixar ser um alien..?

(The Pigott Brothers.):D



Da linha tênue. (Parte IV).


Quando se está preso em algum lugar,não importa quão lindo ele é você perde a noção do tempo.Especialmente estando ali,sendo uma espécie de prisioneira numa casa onde nada que pudesse fazer alusão à tempo existia.Ela não sabia mas já havia se passado um mês.Um mês tendo que lidar entre altos e baixos dele..com sua tranquilidade e com seus surtos..com sua doçura e com sua violência.Tudo já fazia tanto parte dela que ela digamos,meio que já estava acostumada.Até suas agressões eram sentidas com menos dor como se o seu corpo já estivesse anestesiado para aqueles eventos.Faziam alguns dias que nenhuma violência era demonstrada mas os hematomas no seu corpo e na sua mente estavam ali para lembrá-la que ainda poderiam vir mais golpes.Ela sabia,era uma forma que ele encontrou para tentar se libertar de tudo o que ela causara na vida dele e talvez por se sentir culpada por aquele desequilibrio,aceitava tudo de bom grado.Ela que merecia sofrer.Tinha deixado que ela ficasse no quarto bonito essa última semana..pelo menos assim,podia dormir em paz.Se é que ela tinha paz.Algumas vezes no meio da noite,ele adentrava no recinto e a acariciava mas nunca a obrigava a fazer nada.Nessas horas,algumas vezes ela lembrava do jeito doce e amoroso e surpreendente que ele a tratava quando estavam juntos..dificil assimilar que de certa forma,hoje,o monstro dele aparece para vingar toda aquela dor e decepção.Se as pessoas soubessem como nossas atitudes e até mesmo a falta deles pode provocar uma instabilidade tão grande em outra pessoa,teríamos mais cuidado com nossas ações,nossas falas,promessas,expectativas.Era fim de tarde e era o momento que ela mais gostava..ir até a janela e ver o pôr-do-sol..relembrando os passeios feitos com o cara mais lindo do mundo..e se perguntava se algum dia ele procurou por ela..se sentiu sua falta..se chorou por ela..se não desistiu dela.Melhor nem pensar..expectativas acabam com tudo..e não queria ter falsas esperanças.Queria sim que ele não desistisse dela..mas não podia garantir..ele não é do tipo de pessoa que fica muito tempo sozinho.E aliás,ela nem sabia se sairia dali com vida.E cada vez mais sua vida parecia traduzida num verso da música Forever Young.."hoping for the best but expecting the worst".Em meio a devaneios ele entra no quarto com um vestido na mão.Não era um vestido qualquer,era um vestido de noiva.Deus!Ele realmente parecia querer reviver uma fantasia que há muito não fazia mais sentido.
- Olha só,meu anjo,o que eu trouxe pra você vestir.
Mostra o vestido com um sorriso estampado no rosto.
- Você vai ficar linda nele!Mandei o melhor costureiro da cidade criá-lo pra você.
- Obrigada, mas eu não sei se devo vestir isso.
Ele fez um semblante de susto e desapontamento.
- Por que não?
- Porque não faz sentido.
- E o que faz afinal,não é mesmo?Pra mim também não faz sentido você ir vir quando bem entender,me alimentar e depois me deixar pra morrer.Não faz sentido você não querer alguém que fez e faz tudo por você.Não faz sentido você não querer nada demais e arrumar outra pessoa..outra que não seja eu.Pra mim também não faz sentido.
Tudo isso dito gritando.Lágrimas escorriam do rosto dele.
- Então,mesmo sem sentido,você vai vestir a droga do vestido porque eu tô mandando você vestir a droga do vestido pra mim.
Não queria deixá-lo mais estressado..sabia que não era bom.E mesmo relutante,vestiu o vestido.Sozinha no quarto,chorava.Vivia um pesadelo que ela mesma criou.E sabia que não fazia sentido lamentar agora.Como foi dito,o que faz sentido mesmo?Talvez nada..mas ela ainda ia em busca desse sentido e sabia que estava perto de descobrir..talvez até ele estivesse ali..dentro dela todo o tempo..só existia o medo de colocá-lo pra fora..pois quando o colocasse,sabia que era o fim de tudo,sabia que ia torná-lo real..sabia que era o fim de tudo.E nem sempre o fim é a melhor solução.Nem sempre o fim é o melhor começo.

(Thaís Tenório.) :D

"..descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais.."

[Fernando Anitelli.]:D

  • Palavra do dia: espera.
PS: vai continuar mas tentarei não prolongar muito..=s
PS do PS: desculpem a falta de inspiração :C
PS do PS do PS: beijos e beijos ;*


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Moi et la musique.


BROKEN WINGS

( Asas Quebradas )

Baby,eu não entendo
Por que não conseguimos simplesmente nos dar as mãos
Eu temo que esta pode ser a última vez
A não ser que eu deixe tudo muito claro
Eu preciso muito de você
Pegue estas asas quebradas
E aprenda a viver novamente
Aprenda a viver tão livre
Quando ouvirmos estas vozes cantando
O livro do amor vai se abrir e nos deixar entrar
Pegue estas asas quebradas
Baby,acho que esta noite
Nós podemos pegar o que estava errado e consertar
Baby,tudo o que eu sei
Que você é metade feita de carne e o sangue me faz completo
Eu preciso muito de você
Então,pegue estas asas quebradas
E aprenda viver novamente
Aprenda a viver tão livre
Quando ouvirmos estas vozes cantando
O livro do amor vai se abrir e nos deixar entrar
Baby,é tudo o que eu sei
Que você é metade feita de carne e o sangue me faz completo
Então,pegue estas asas quebradas
E aprenda a viver novamente
Aprenda a viver tão livre
Quando ouvirmos estas vozes cantando
O livro do amor via se abrir e nos deixar entrar

(Mr. Mister.):D

Da linha tênue .(Parte III).



Estava saciada.Sua fome tinha sido tanta que não sobrou praticamente nada na mesa do café.Apesar disso,seu semblante era distante,pensativo,triste.Tinha se passado apenas um dia e aquilo tudo não era nada fácil.Sentia saudades.Sentia-se desprotegida.Se perguntava como andaria o mundo lá fora sem ela.Se perguntava todas as perguntas do mundo.Estava triste.Não havia como disfarçar.Os olhos dele pareciam fixar-se nela facilmente..e nunca a deixavam sozinha.
- Meu anjo,por que não estás feliz? Eu fiz tudo com tanto carinho,tudo exatamente do seu jeito e você não me dá nem um sorrisinho de leve que seja?
Ele só podia estar louco..mas até agora não perdeu o controle.Ela sabia que deveria jogar o jogo dele mas,sinceramente,não tinha estruturas para tal,não ali,não agora.Não sorriu.Nem levemente quanto mais largamente.O rosto dele mudou.Ficou pesado,provavelmente ficou com raiva.Isso não era legal.Pela forma como ele largou o guardanapo na mesa ela sabia: ele iria perder o controle.Ela tinha que preparar seu psicológico e o seu corpo para as consequências dessa sua atitude,ou melhor,a falta dela.
- Eu perguntei por que não estás feliz.
Gritava ele.
- Por que não podes ser feliz comigo?
Gritava mais alto ainda.Provavelmente em Marte conseguiam ouvi-lo.Ela tremia.Queria chorar mas o medo era tanto que até as lágrimas pareciam ter fugido dele.Ele se aproximava esbanjando raiva e sempre repetindo mais e mais alto a mesma frase,em gritos quase que desesperados:
- POR QUE VOCÊ NÃO É FELIZ COMIGO?
Passava a mão no cabelo rapidamente e compulsivamente como que se segurando pra não fazer o que estava prestes a fazer.Ela já não tinha dúvidas: ele estava louco,ele surtou,ele perdeu o controle e aquilo seria mais doloroso que tudo que ela passou até então.De repente,ele a puxou da cadeira bruscamente.Arrastava ela pelos corredores segurando o seu cabelo.Aquilo doía.Ela gritava com toda a força,na esperança de alguém vir salvá-la.Lá fora,ainda haviam "bem-te-vis" cantarolando,o Sol brilhava e o mundo tomava o seu curso enquanto ela se machucava.Finalmente,chegou no quarto do primeiro dia.Ele a jogou contra a parede.Lágrimas tomavam conta dos seus olhos vermelhos de fúria e insatisfação.
- Eu odeio você.Eu odeio você.Eu odeio você.
E repetindo essas palavras,ele batia nela.Passaram-se 5 minutos assim.Pra ela,a eternidade.Até que como se outra pessoa tomasse conta do seu corpo de volta,ele parou.Viu os olhos doloridos da sua prisioneira chorarem.Parou e soltou ela.Respirar doía.Podia sentir o sangue quente escorrendo pelo seu corpo agora fraco,mesmo tendo passado por um café tão rico.Sua alma doía e aos poucos ela foi fechando os olhos.Era melhor mesmo perder a consciência por mais algumas horas.Era um escape.No chão frio,ela adormeceu.Mas antes de seus olhos fecharem completamente,ela conseguia ouvir lá de longe,ele falando algo para ela enquanto alisava seu cabelo assanhado:
- Eu amo você.Me desculpa.Eu amo você.
Ela dormiu.E lá fora,tudo fluia normalmente.Tentou buscar a paz nos sonhos,tinha que se resguardar na sua mente,não podia enlouquecer como ele.Ou seria melhor a loucura?Imaginou-se tomando outro caminho naquela noite,imaginou-se agindo diferente com ele,imaginou-se esperando o cara mais lindo do mundo na sua casa,imaginou muita coisa..que se diferente,talvez ela não estivesse ali naquele momento.Mas por pior que algo possa parecer,sempre existirá um sentido,uma resposta.Ela iria aguentar.Por mais frágil que pudesse parecer,ela era forte.E sonhou.Porque muitas vezes,a realidade é dura demais.Porque muitas vezes,o que nos sobra são os sonhos.Lá ela estava livre.

(Thaís Tenório.):D

"..matar o sonho é matarmo-nos.é mutilar a nossa alma.o sonho é o que temos de realmente nosso,de impenetravelmente  e inexpugnavelmente nosso.."

[Fernando Pessoa.]:D

  • Palavra do dia: escape.
PS: sem mais.
PS do PS: beijos e beijos ;*


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Moi et la musique.


MONOMANIA

Já te fiz muita canção
São quatro,ou cinco,ou seis,ou mais
Eu sei demais
Que tá demais
Eu chego com um violão
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
E eu vou cantando atrás
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
Se juntar cada verso meu
E comparar
Vai dar pra ver
Tem mais você que nota dó
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer 
Quem vai comprar esse cd
Sobre uma pessoa só?
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é

(Clarice Falcão.):D

Da linha tênue .(Parte II).



Ela estava tonta.Ainda não conseguia assimilar quanto tempo havia se passado e o que tinha acontecido.Seu corpo pesava e podia sentir quão frio estava o chão onde seu corpo repousava.Parecia ser começo de manhã,dava pra notar o Sol nascer da pequena janela que havia no ambiente.Não existia móveis ali.Parecia um quarto..vazio..totalmente.Pelo aroma que exalava deveria estar trancado por um certo tempo.Enquanto retomava a consciência,se sentia um pouco apavorada.Recordava-se de um rapaz se aproximando e de repente,tudo ficou escuro e agora ela estava ali,num lugar desconhecido,com provavelmente o desconhecido em outro canto da casa de tocaia,sem saber as razões e muito menos o que viria a acontecer.Ela pensou na preocupação daqueles que gostavam dela..mas será que estão mesmo preocupados?Ela esperava que sim..esperava que de fato alguém sentisse sua falta..que procurassem por ela..especialmente ele..o cara mais lindo do mundo.Tudo era tão quieto ali.Tentou levantar.Estava fraca mas depois de algum esforço,conseguiu ir até a janela.Se sentiu um passarinho numa gaiola.Através das grades da janela podia ver que o local era coberto de árvores e plantas..provavelmente alguma chácara ou coisa do tipo.Ouviu passos e sem querer,lágrimas molhavam o seu rosto.A porta se abriu.Um susto.Não podia ser..o rosto que a raptou era totalmente familiar..mais do que isso,ela o conhecia..muito.Em algum momento da sua vida até teria cogitado que um dia isso aconteceria,mas não esperava na verdade..profundamente,ela não esperava.Mas tinha consciência que não era também,impossivel,devido as circunstâncias e acontecimentos.Sentiu um frio na barriga e na espinha.Ele se aproximou,para sua estranheza,calmo e sorridente.
- Meu anjo,eu sabia que você ficaria aqui comigo.
Ele tenta pegar na sua mão,porém,ela se afasta com medo.Ele faz um semblante de surpresa.
- Não acredito que você não confia em mim.Vem cá,me dê a mão,eu vou te tirar daqui..tenho um lugar muito melhor pra você ficar.E a propósito,você deve estar faminta.
Isso era verdade,sua barriga fazia sons que indicavam exatamente fome.Apesar de relutar um pouco e não confiar totalmente,o melhor a fazer era obedecê-lo.Pegou na sua mão.Ele a levantou delicadamente.A abraçou.
- Você não sabe o quanto eu planejei isso..o quanto eu desejei isso.
Ela não conseguia corresponder calorosamente o abraço.De pavor,mais lágrimas surgiram no seu rosto.Caminharam alguns corredores e era estranho o quão contraditório era aquele ambiente.De repente de um lugar sombrio e feio que era aquele quarto,a casa em si era belissima,digna de aplausos.O bom gosto e o cuidado era estampado em cada detalhe,cada objeto.Por alguns minutos,se sentiu confortável.Percebendo a admiração no semblante dela,ele comentou:
- Viu só,meu anjo? Procurei fazer a casa mais linda e agradável do mundo pra receber você.Viu as árvores?Do jeito que você gosta.Tudo aqui é pra você.Me diga,você gostou?
Ela não queria falar nada,aliás,ainda que quisesse, o pânico e o seu corpo voltando a si não permitiam isso.Percebendo o silêncio,ele pareceu um pouco nervoso e chateado.Segurou seu braço com força.
- Vamos,me diga! Você gostou?
Chorando e ofegante , ela respondeu baixinho:
- Sim,eu adorei.É bem bonita.
Ele sorriu satisfeito.
- Achou que eu ia esquecer assim de você? Nunca. Me lembro de tudo que te agrada.
Ela passava mal.O misto de fome e aflição não davam um bom resultado.Chegaram na cozinha.O cheiro era bom.
- Olha só,meu anjo,eu fiz o seu café. Forte,quentinho e quase sem açúcar,como você gosta. Comprei morangos,fiz waffles e trouxe todos os queijos do supermercado. Espero que você coma bem.
Ela notara flores na mesa.Ele gostou disso.
- Colhi elas essa manhã..vermelhas e brancas,suas preferidas..lindas como você. Todos os dias te trarei flores frescas,meu anjo.
Sentaram e comeram.Ela comia apressada,a fome era grande e a comida estava impecável. Aliás,se não fosse o fator sequestro,e ser quem ele era,e ter passado o que ele passara,ela diria que seria um momento ótimo.Mas não era bem assim.Ela sabia que todo esse tratamento poderia ser uma armadilha,ou até mesmo um rápido momento de lucidez ou algo do tipo da parte dele.Não poderia confiar.Ainda que visse uma natureza linda lá fora,ela estava presa.Como um passarinho que vê o céu inteiro diante de si e não pode voar.Estava presa.Ataram suas asas,sua liberdade,sua identidade..mas temporariamente.Iria sair dali,não sabia como ainda..mas sairia..tinha que sair.Como um passarinho.Ela cantava.E ninguém ouvia o seu canto.Ninguém além das grades da sua gaiola.Ela estava presa.E isso em muitos sentidos.E isso ia além daquela casa.E isso ia além das suas grades físicas.Lá fora,um bem-te-vi cantarolava.

(Thaís Tenório.):D

"..eu sou um pássaro.me trancam na gaiola.e esperam que eu cante como antes.."

[Renato Russo.]:D

"..o pior da gaiola não são as grades,é a exposição.."

[Eduardo Succini.]:D

  • Palavra do dia: silêncio.
PS: e que outubro seja bem vindo (F).
PS do PS: sem mais,beijos e beijos ;*